A catarata atinge 25% dos brasileiros com mais de 50 anos, de acordo com pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento identificou a catarata como a quarta doença mais recorrente nessa faixa etária. Só fica atrás de hipertensão, problemas na coluna e colesterol alto.
Com avanço lento e gradual, a catarata é uma lesão ocular que vai deixando o cristalino opaco. Com a função de ajustar o foco da visão em diferentes distâncias, quando lesionado, o cristalino prejudica a visão de quem apresenta a doença.
Apesar de ser mais comum à medida que a idade avança, outros fatores também podem causar a doença em pessoas mais jovens. Quais são eles?
– Diabetes;
– Exposição exagerada à luz sem proteção;
– Uso prolongado de certos medicamentos (em especial, aqueles à base de corticoides);
– Inflamações intraoculares;
– Traumas na região dos olhos;
– Excesso de radiação.
Há situações raras em que a catarata é congênita. Isto é, bebês que nascem com a vista prejudicada em razão da influência do DNA ou quando a mãe teve rubéola, sífilis ou toxoplasmose nos três primeiros meses de gravidez.
A pessoa com catarata tem grande dificuldade para enxergar com nitidez. Isso acontece pois os raios luminosos não conseguem atingir plenamente a retina e seus receptores.
No começo, a doença deixa a visão turva e nublada, inclusive em quem já usa óculos de grau. Entretanto, com o avanço da enfermidade, outros sintomas começam a aparecer:
– Visão nebulosa;
– Enxergar brilhos e halos;
– Visão dupla;
– Dificuldade para ler, dirigir e andar;
– Sensibilidade à luz.
No estágio mais avançado da catarata, a pessoa enxerga apenas vultos e a doença pode evoluir até a cegueira. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata está entre as principais causas de ausência da percepção visual, sendo responsável por 51% dessas ocorrências.
A única forma de tratamento da catarata é cirúrgica. Simples, rápida e feita sob anestesia local, seu objetivo é substituir o cristalino danificado por uma lente artificial que recupera a função ocular perdida.
Assim, a consulta de rotina com o oftalmologista é essencial para o diagnóstico da catarata. Como a visão não sofre alterações perceptíveis no início, a pessoa não desconfia ter a doença. A partir das queixas e necessidades do paciente, e de acordo com a evolução, o médico irá indicar o momento ideal para a realização da cirurgia.