O glaucoma é uma degradação do nervo óptico causada, principalmente, pela elevação da pressão intraocular (a pressão de dentro dos olhos, também conhecida como PIO), o que compromete a visão. A doença pode levar à cegueira, caso não seja detectada e devidamente tratada.
No mundo, o glaucoma é a enfermidade ocular que mais causa perda da visão de maneira irreversível. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), mais de 600 mil pessoas não sabem que têm a doença, pois muitos pacientes não apresentam sintomas, e quando descobrem, o glaucoma já evoluiu para estágios mais avançados.
O glaucoma crônico não tem cura. No entanto, é possível ser controlado para que o paciente tenha mais qualidade de vida.
Existem tipos diferentes de glaucoma, sendo quatro os mais comuns:
– Ângulo aberto: representa 80% dos casos e atinge, geralmente, quem tem mais de 40 anos. No glaucoma de ângulo aberto, o aumento da pressão intraocular é assintomático.
– Ângulo estreito: provoca sintomas como “fisgada” nos olhos associada à vermelhidão, borramento temporário da visão e percepção de halos coloridos ao redor de luzes.
– Ângulo fechado: o paciente apresenta dor ocular associada à náuseas e vômitos.
– Secundário: decorrente de outras doenças, como diabetes e catarata.
Como já mencionado, a pressão intraocular acima da média é o principal sinal da doença, além de outras alterações no nervo óptico. Ambas são detectadas apenas pelo exame oftalmológico, apesar de alguns pacientes apresentarem glaucoma mesmo sem a pressão intraocular acima da média.
O tratamento do glaucoma é feito com o uso de colírio. Medicamentos por via oral são utilizados somente em situações emergenciais. Em relação ao glaucoma secundário, os remédios são recomendados por um curto prazo para tratar a enfermidade causadora do glaucoma.
Para os casos crônicos, é necessário o uso de colírio pela vida inteira. Pode ser mantido sob controle por meio das prescrições oftalmológicas, incluindo cirurgia ou raio laser. Isso permite que o paciente leve uma vida normal, desde que siga com o tratamento ininterruptamente.
É importante ressaltar a importância das consultas oftalmológicas regulares para prevenção e acompanhamento. Quando o glaucoma é detectado de maneira precoce, o grau da lesão pode ser reduzido, evitando a cegueira.
